Fonte: Yahoobrasil

Cada vez mais praticado no Brasil, o pôquer é um esporte que representa um universo paralelo cheio de peculiaridades. Afinal, que campeão de outra modalidade esportiva gasta US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 1.688.400,00) em quatro dias durante um giro na Europa?

Essa é a rotina de Phil Ivey, o melhor jogador de pôquer do mundo. Ele tem 34 anos e vive uma realidade que parece absurda para a maioria das pessoas; parte desse cotidiano é retratado na edição da revista ESPN deste mês.

E além de faturar muito dinheiro em turnês pelo mundo com seu talento no carteado, Ivey em breve poderá se tornar um campeão mundial. Isso porque em abril deste ano, a Federação Internacional dos Esportes da Mente (IMSA) reconheceu oficialmente o pôquer como esporte mental. A decisão coloca o jogo ao lado de xadrez, bridge, e damas.

Por conta disso, a IMSA e a Federação Internacional de Poker (IFP) passam a organizar a partir de 2011 a primeira edição do Campeonato Mundial de Pôquer, tanto na modalidade individual quanto por equipes. Apesar da primeira edição ainda não ter data marcada, Ivey é um dos mais fortes concorrentes ao título.
A escala de Ivey rumo ao estrelado do pôquer começou em 2000, quando tinha 23 anos e ganhou seu primeiro bracelete da WSOP (World Series of Poker) em um dos 23 torneios antes do principal, chamado simplesmente de “Main Event” (Evento Principal, em inglês).

Em 2003, terminou o Main Event em décimo. Em 2005, conseguiu outro bracelete. No total já são oito – ele foi o mais jovem a atingir tal marca. Só que a maior parte da sua fortuna vem de partidas em que joga fora do circuito.

Em 2006, o bilionário Andy Beal, um gênio matemático, desafiou um grupo de jogadores de pôquer conhecido como Corporação para uma série de partidas mano a mano de Texas Hold ‘em. Um time de cerca de 15 lendas do pôquer se revezou para enfrentar Beal um a um e se viu em um buraco de US$ 10 milhões.
Na vez de Ivey, Andy Beal terminou alguns milhares de doláres mais pobre e abandonou completamente o pôquer. Essa é apenas uma das muitas lendas em torno de Phil Ivey. Um homem que viaja pela Europa em seu jatinho particular, parando de cassino em cassino, frequentando salas reservadas, ganhando (muito) e perdendo (pouco) milhares de doláres.