Jon Pearljammed Turner é um dos mais temidos nomes do mundo do poker online. Com mais de $1.6 milhões em ganhos online, Jon junta-se a muitos dos jovens profissionais da era pós-Moneymaker.

Turner joga no Full Tilt Poker, onde faz parte da equipa de profissionais. A sua especialidade são os torneios, onde ele já tem 21 conquistas, apenas no Full Tilt.

A dica de hoje é sobre enfrentar uma overcard no flop, em cash games:
“Olá, eu sou o Jon Turner. Vamos analisar uma situação comum em No-Limit Cash Games.

($5/$10 NLHE)

Nesta mão temos , no SB, e a ação chega em fold até a um vilão, no HJ, que faz raise para $30, standard 3BBs, e nós apenas vamos fazer call, com o par de setes. Este é o movimento standard, nesta situação, principalmente com stacks de 100 BBs. Podemos certamente pensar em fazer 3-bet mas vamos olhar mais para a situação mais habitual, dando apenas call.

O flop é , uma overcard apareceu no flop, algo que é esperado na maior parte das vezes que vemos um flop com um par médio, e vamos dar check para o agressor pré-flop. Esta é a decisão mais habitual, independentemente da força da nossa mão, aguardando uma c-bet do vilão. O adversário aposta $40, cerca de metade a 2/3 do pote, valor mais normal neste cenário.

Agora, enfrentar esta aposta é onde a real decisão tem que ser tomada. Primeiro, vamos continuar com esta mão? A resposta é sim, na maior parte dos casos, quando estamos perante um adversário em late position e apenas uma overcard no flop. O fold não é a decisão mais frequente, exceto se tivermos informação sobre o estilo de jogo do vilão (se este for muito tight e for capaz de fazer check com top pair, por exemplo).

A forma de prosseguir depende muito da nossa leitura do vilão. Se tivermos história com o adversário, tal como “Este jogador gosta de fazer bluff no turn” ou “Já dei fold, pós-flop, para este jogador por três vezes” ou “Apenas dei fold de mãos fortes para este jogador”, algo deste gênero. Confrontos passados com este vilão devem ser tomados sempre em consideração, neste cenário.

Depois do call no flop, um aparece no turn. Muitos jogadores vão abrandar com tudo que seja pior do que uma dama, depois do nosso call no flop, ou mesmo até com uma dama fraca, como , vão tentar controlar mais o pote e talvez assumir que temos top pair.

Não estou a dizer que devemos transformar a nossa mão num blefe e apostar o turn, aliás, neste board não é uma boa ideia.

Devemos estar atentos ao fato de que que só porque o adversário fez check behind, não quer dizer que estejamos à frente, da mesma forma que o fato de o adversário apostar não significa necessariamente que estamos atrás.

Este spot é um bom exemplo de quando temos mesmo que levar em conta a nossa leitura sobre o adversário, bem como a análise de mãos anteriores com ele.”

Fonte: www.pokerdobrasil.com